13 de nov. de 2015

Redação Em Grupo Sobre Fanatismo


A palavra fanatismo vem do francês "fanatisme", é o estado psicológico de fervor excessivo, irracionalidade, obsessão por algo, que leva a algumas pessoas perderem a razão.  O fanatismo também pode ser visto como um ideal, doutrina, paixão ou algo seguido excessivamente, e segundo o dicionário Aurélio, fanático é a pessoa que segue cegamente essa crença. O verdadeiro problema é quando o fanático ultrapassa o nível do senso comum, chegando aos extremos. Os extremos são a falta e o excesso, separados por um senso comum, que pode ser, nesse caso, a moderação, o excesso seria o fanatismo e a falta indiferença. Isso não se aplica apenas a política ou religião, mas tudo aquilo que leva um indivíduo ao exagero.
Um fanatismo bem visível em países como o Brasil é o pelo futebol. A agressividade, o ódio, o preconceito por outros times são as características de um torcedor irracional. Podemos citar como um exemplo os futebolistas do ano de 1936 que invadem o campo de futebol, um deles armados.

O fanatismo no México, por exemplo, se dá de várias formas, desde religiosas até mesmo por celebridades. A maioria dos mexicanos são católicos, cerca de 40% a 60% da população afirma seguir o catolicismo, mas os fanáticos estão presentes, principalmente pelo fato de que apenas no ano passado, mais de mil pessoas foram  mortas por grupos religiosos não identificados. E a maioria católica não são diferentes, pois muitas pessoas afirmam abominar outras religiões, chegando a apedrejar crianças, mulheres e homens por ateísmo e outras práticas religiosas. "Basicamente metade dos católicos no México se denominam ortodoxos ou extremistas", diz peruana que mora na capital do país a pelo menos trinta anos.
O fanatismo entre fã-clubes é algo que está bem presente na sociedade atual, pois os fãs fazem muitas loucuras para mostrar seu amor incondicional por tal grupo ou artista. Por exemplo, o caso de Catrina Best, uma mulher de 20 anos que resolveu adotar Harry Styles (integrante da boy-band ''One Direction'') para seu estilo, pensando até em mudar de sexo para parecer mais com o cantor. Fora esse caso, foram muitos suicídios e casos de auto-mutilação por diversas ocasiões relacionadas aos ídolos, por exemplo, o caso de auto-mutilação que aconteceu com a saída de Zayn Malik do One Direction, usando a hashtag “cut4zayn”, o que acabou parando nos Trending Topics do twitter. Porém isso não são as únicas coisas, existem casos ainda mais graves, como as doze pessoas que se suicidaram com a morte do cantor Michael Jackson. Além de um caso onde pelo menos duzentas mexicanas foram a diversas sedes de polícia e até mesmo assinaram um abaixo assinado pedindo que o Justin Bieber fosse solto, depois da prisão do cantor ter sido anunciada, e existiram outras que ameaçaram cometer suicídio. 
Agora o fanatismo religioso é caracterizado pela devoção incondicional a uma doutrina. Em geral, ele se caracteriza pela intolerância em relações as demais religiões. Um fanático religioso tende a explicar tudo por meio de sua fé, tentando mostrar a qualquer custo que a sua crença está acima dos demais. Muitos iluministas franceses, em particular Voltaire e Diderot, fizeram do fanatismo um objeto de polêmica, especialmente o fanatismo religioso, devido que na época, a Europa havia saído recentemente de um longo período de guerras entre católicos e protestantes, além da perseguição aos hereges. Além de um dos episódios mais marcantes da história, onde milhões de judeus foram assassinados durante a Segunda Guerra Mundial. E esse tipo ainda é bem presente atualmente, tendo como um ótimo exemplo o Estado Islâmico, que já fizeram muitas coisas consideradas insanas por conta de sua religião, por exemplo, quando capturaram pelo menos 15 jovens que criavam pombos no Iraque depois de decidir que a atividade é contra a religião islâmica.
Existe também o fanatismo científico, que é quando as pessoas colocam a ciência acima de tudo, sempre buscando provas para comprovar o que pensam, atribuindo argumentos para todo e qualquer pensamento, chegando até a considerar que qualquer ideia que não possa ser argumentada é falsa ou inexistente. Isso está presente no filme "Contato", porém o fanatismo científico é muito polêmico, pois existem coisas que a ciência não consegue explicar, como por exemplo, no filme citado, a personagem principal é uma fanática científica, e quando pedem para ela provar que ama seu pai, ela não consegue.
O chamado "extremismo" político, é algo que se refere a modelos de ação política que são radicais e revolucionárias para os problemas sociais. Isso está frequentemente relacionado ao fanatismo, pois pode ser considerado uma reação extrema, podendo ser um pensamento baseado na pedra da babilônia "olho por olho dente por dente", onde aqueles que cometem um crime grave devem sofrer o mesmo.
O fanatismo, hoje em dia, pode ser considerado uma doença, e segundo a piscóloga Ana Maria Franqueira, isso é um distúrbio e é percebido quando a pessoa age apenas com a emoção, sem usar a razão antes de decidir o que fazer. Sendo isso uma doença, o fanático tende a ser discriminado por apresentar esse interesse exagerado em algo. Já disse Eliene Percília: "é importante ter consciência de que tudo deve ser moderado, tudo em excesso não faz bem". Porém, em contrapartida, existem pessoas que mostram que "Todo mundo tem um pouco de fanatismo", como a psicóloga Márcia Boeira, "A partir do momento em que você está plenamente disposto a fazer de tudo para algo ou alguém que te importa muito, dependendo do padrão radical, é um fanatismo". 
Então, acho que a questão central apresentada aqui, é que o fanatismo está presente em todas as partes do mundo, porém qualquer face que ele possa ter, é totalmente extremista, e por isso devemos buscar o meio termo, ou justa medida, presente na chamada "Ética a Nicômaco", feita por Aristóteles, para ficarmos no meio do chamado fanatismo e da indiferença, respeitando aqueles que não gostam ou não apoiam aquilo que você defende, mas mantendo sua opinião, sem agredir ninguém ou se maltratar pela sua crença. Como dizia Immanuel Kant: "O homem não é nada além daquilo que a educação faz dele", isso pode se referir ao fanatismo, de certa forma que, se termos em mente que tudo em excesso faz mal, vamos buscar, naturalmente, o equilíbrio. Já dizia Loyhan F. Torres: '' Qualquer tipo de fanatismo é ignorância. Tanto religioso, como não religioso".

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